OMISSÃO DA MÍDIA SOBRE OS PROTESTOS DE 29/05 ESCANCARA A CANALHICE DA IMPRENSA BRASILEIRA

Foto: Uol Notícias

Todas as 27 capitais, incluindo a capital federal, e outros 211 municípios brasileiros tiveram suas ruas tomadas por manifestantes contra o presidente Jair Bolsonaro, que além de pedir o seu impeachment, também cobrava por mais vacinas! Na maior cidade do país, a Avenida Paulista foi tomada pela população, entidades sindicais e por partidos de Esquerda. Todavia, a cobertura do dia e do dia seguinte dos principais meios de comunicação foram vergonhosas, exceto a Folha de São Paulo.

Diferente da espetacularização dos protestos contra o PT em 2013 e dos manifestos pedindo o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef entre 2015 e 2016, não teve flash ao vivo nas TVs Abertas, não teve mudança na programação e a minutagem dada nos telejornais foram ínfimas. Além disso, ao invés de enaltecer a bravura da população, que se organizou e foi usando máscaras e com garrafinhas de álcool em gel, preferiram reduzir a “aglomeração indevida”, fez a falsa simetria com os protestos à favor do presidente Bolsonaro e ainda teve jornalista que tentou transformar o evento em um grande movimento pró-Lula. Apesar de contar com apoiadores do PT, com bandeiras e camisas vermelhas, outros partidos de esquerda se fizeram presente e todos tinham a pauta de criticar o presidente, pedir seu impedimento e a aceleração da vacinação em massa.

Este tipo de atitude da imprensa nacional escancara a canalhice que tomou conta das principais redações do País. São órgãos de imprensa que rasgam o código de ética da profissão e que tomam lado na história, quando deveria prezar pelo máximo de neutralidade/isenção, dando ênfase aos fatos como eles são e não dando mais ou menos exposição de acordo com a ala ideológica que gostam ou desaprovam. Se tem alguém ainda que acha que a grande imprensa nacional não manipula o cenário político, a cobertura dos atos nacionais contra o atual Presidente da República é uma prova cabal de que eles fazem exatamente o contrário! A grande imprensa tem um lado e não é o do povo, não é de quem quer melhores condições de vida. O que vale é o Manual do Neoliberalismo. No fundo, eles temem o ressurgimento da Esquerda e da tomada de consciência do povão e da classe trabalhadora!

Cai o último bastião de Bolsonaro!

Alçado ao posto de “mito” pela militância fanatizada e impulsionada pelas redes sociais, o ex-parlamentar Jair Bolsonaro chegou ao cargo máximo do país no pleito de 2018. Suas principais pautas envolviam uma economia neoliberal que traria sucesso para o país e os investidores nacionais e estrangeiros e o combate à corrupção, na figura do então herói do lava-jatismo, Sérgio Moro. Acontece que até agora a Economia do Brasil não melhora, os números que eram pífios antes mesmo da pandemia pioram e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, não decola. Na outra ponta, está o derretimento da pauta anticorrupção iniciada antes mesmo da posse, em dezembro de 2018, quando estourou o caso da Rachadinha envolvendo seu filho Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), descoberto pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Já há um forte desgaste de parte da população e dos especialistas com o ministro Paulo Guedes, que não acerta nenhuma previsão sobre crescimento, além de não ter conseguido privatizar todas as estatais como seu grupo de apoio sonhava, inclusive muitos funcionários do mercado financeiro que ganharam cargos importantes para abrir espaços para as privatizações já deixaram o Governo, ao perceberem que elas não sairão. Na questão social, com a suspensão do Auxílio Emergencial em dezembro do ano passado e a volta tardia e com um valor irrisório em 2021, perde-se o apreço popular. Para piorar, até com parte da Classe Média e com os evangélicos, Bolsonaro começa a perder apoio, de acordo com as últimas pesquisas de popularidade!

Todavia, o que nestes quase 3 anos de Governo Bolsonaro vem mostrando claramente, é que, quando investigações miram seus filhos, ministros e apoiadores de primeiro escalão, o presidente tenta de todas as formas interferir nelas, seja trocando os chefes das instituições policiais ou diminuindo a importância e escopo de instituições como foi feito com o Coaf, assim que estourou as transações suspeitas envolvendo Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz e funcionários da Alerj, inclusive com muitos do tipo “fantasma”. O golpe mais evidente que sinaliza a perda da pauta anticorrupção do Governo Bolsonaro, foi quando perdeu seu “super ministro”, Sérgio Moro, ao demitir o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, indicado pelo ex-juiz de Curitiba. Tido como um “herói” pela direita e extrema-direita brasileira, Moro não aceitou a demissão do diretor da PF e ainda acusou o presidente de querer interferir politicamente na PF, para proteger seus filhos com os desdobramentos das investigações sobre a rachadinha da ALERJ e de ter acesso a informações sigilosas da PF.

Para ratificar que o discurso anticorrupção foi apenas bravata eleitoreira, no sábado passado foi noticiado em diversos portais que o atual chefe da PF, Paulo Maiurino, quer tirar autonomia de delegados em casos de autoridades com foro, o que implicaria diretamente em operações que envolvem o Ministro do Meio Ambiente, que recentemente teve mandado de busca e apreensão em sua residência pela investigação do caso de exportação ilegal de madeira (Operação Akuanduba). Enfim, nota-se que o derretimento da popularidade de Bolsonaro não é porque a oposição está se organizando ou se fortalecendo naturalmente, e sim, porquê as próprias ações/omissões do Governo estão escancarando suas contradições, incompetência e malfeitos, que irão custar a sua reeleição ano que vem. Quem viver, verá!

Fontes:

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49402666

https://brasil.elpais.com/brasil/2020-04-24/sergio-moro-acusa-bolsonaro-de-interferencia-politica-na-pf-e-deixa-governo.html

https://br.noticias.yahoo.com/chefe-da-pf-quer-tirar-160000338.html

PT faz militantes de otários

Desde que Eduardo Cunha pautou o Impeachment da Dilma Roussef (sob o pretexto de pedaladas fiscais, algo que não justificava o impedimento, por isso a adoção do termo Golpe foi usado pelos petistas e base governista à época), os militantes e apoiadores de partidos de Esquerda lutaram com todas as forças pra defender Dilma, seja com protestos e faixas contra o Golpe, incluindo confrontos com policiais e militantes de direita e extrema-direita. Adeptos do PT, PSOL, PC do B, PDT, PSTU, PCO e cia não se furtaram de mostrar sua insatisfação com o rumo que o país estava tomando com aquela medida do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Todavia, poucos anos depois do Golpe, o PT de Lula e Dilma já fizeram palanques para Eunício de Oliveira, Renan Calheiros e Romero Jucá, já mostrando uma grande contradição e falta de respeito com os militantes de esquerda, que exigem um mínimo de coerência de seus líderes partidários. Achando pouco, Lula recentemente se encontrou com Eunício e Sarney e hoje, em entrevista no DCMTV, ao meio dia, a ex-presidente Dilma Roussef passou pano legal para Renan Calheiros, que a traiu no Processo do Impeachment, inclusive negando que a defesa dela pudesse falar antes da votação. “Renan nunca foi e nem é golpista” sentenciou a ex-presidente, que ainda completou com outro afago ao atual relator da CPI da Covid: “Tenho grande respeito pelo Renan”, afirmou.

Traduzindo para o popular, o PT está provando que faz de otário o militante de esquerda que a defendeu em 2015 e 2016, que foi para as ruas, onde foram agredidos verbalmente e até fisicamente por forças policiais e extremistas de direita, nos protestos polarizados de Brasília durante o período do processo do golpe. Imagina como essas pessoas devem estar se sentindo agora? Isso, amigos, é o que o PT se transformou. Perdeu completamente a sua identidade, a sua ideologia e como sentenciou Mano Brown: “se deslocou da massa”, isto é, perdeu o vínculo que tinha com a classe trabalhadora, o povão. O PT mostra mais uma vez que está rumando para ser um novo PMDB, fisiológico, que só enxerga seus próprios interesses e esqueceu as suas bandeiras históricas.

Chamaram de golpistas todos os que tramaram, ajudaram e votaram à favor do impeachment e em sucessivos atos se confraterniza com os algozes que se combatia anos atrás! Não é a toa que o PT vem perdendo seguidas eleições em todos os níveis: Municipais, Estaduais e Nacionais. Assim como o Bolsonaro, quem vota e sustenta a defesa cega pelo partido são os mais fanáticos, os que tratam o PT como um time de futebol e o defendem como as famigeradas torcidas organizadas.

 

Encontro FHC e Lula: O foco está equivocado

Desde que o ex-presidente Lula divulgou uma foto sua com o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu perfil oficial do twitter, a imprensa brasileira e a militância petista ficaram atônitos. Muito se falou sobre a foto, a reaproximação, o almoço de dois ex-presidentes que rivalizaram por muitos anos na política nacional, um pelo PT e o outro pelo PSDB: A esquerda versus a direita neoliberal.

Todavia, o foco dado a este fato está equivocado, principalmente para quem acompanha a política nacional e já se preocupa com as eleições do ano que vem, em quem votar, por quem militar. Encontros entre ex-presidentes e políticos em geral faz parte da cena política e antes do auge da rivalidade PT x PSDB, Lula era amigo de FHC, tendo inclusive apoiado a candidatura de Fernando Henrique para o Senado em 1978. O correto a se perguntar deste encontro é: O que foi conversado? Lula está apenas preocupado com as eleições e o encontro foi para mostrar seu notório poder de articulação? Houve neste encontro algum direcionamento para articular um impeachment de Bolsonaro?

Como falado em alguns portais e canais de cobertura política no YouTube, muito mais importante do que a simbólica e forte imagem de dois ex-presidentes que ficaram 16 anos seguidos no Poder de forma consecutiva (FHC 1995-2002 e Lula 2003-2010), é o conteúdo que foi tratado na reunião e que as informações que chegam são muito vagas (democracia e governo Bolsonaro). Se reunir por reunir, pra fazer política e acenos eleitoreiros, todo político faz. Inclusive outros postulantes ao Palácio do Planalto também estão se reunindo com baluartes de espectros políticos diferentes do seu. A diferença é que eles não fazem disso um teatro ou como se fosse algo extraordinário. Portanto, é necessário analisar com menos emoção e mais razão!

O que os ataques dos petistas a Ciro demonstram?

Faltam quase 18 meses para a próxima eleição presidencial, mas a militância petista e a trabalhista estão se digladiando desde já nas redes sociais, principalmente após o distanciamento a Lula que está sendo colocado em prática por Ciro Gomes desde a campanha de 2018, quando o pedetista “ousou” a disputar voto e o eleitorado do PT, que inicialmente insistiu numa candidatura natimorta do Lula, pois o mesmo estava para ser retirado do pleito por conta da condenação em segunda instância forjada na Operação Lava-Jato e, em seguida, foi preso naquele show “pirotécnico” e teatralizado pela grande mídia brasileira em abril de 2018. O seu substituto, Fernando Haddad, só teve sua candidatura realmente oficializada com menos de 30 dias para a votação daquele primeiro turno.

Ciro Gomes já foi ministro do governo Lula e em por diversos momentos de sua carreira política agiu como apoiador do líder petista, contudo não se furtava de fazer críticas pontuais. Só que quando decidiu aumentar o tom delas e a disputar voto com o eleitorado de esquerda, a militância petista não hesitou em atacar e a tentar, de todo custo, diminuir a importância de Ciro e o difamá-lo, assim como já fora feito com Heloísa Helena e Marina Silva, coincidentemente, duas mulheres fortes que um dia “ousaram” em criticar veementemente o PT, expondo suas contradições.

Ao denunciar o culto personalista ao Lula e ao uso de Haddad como verdadeiro candidato apenas quando não tinha mais jeito de reverter a situação dos direitos políticos de Lula, em 2018, Ciro foi muito hostilizado, além de ter sua campanha boicotada nos bastidores por ações dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores. Ciente de tudo isso, ao final do primeiro turno em que Haddad terminou em segundo lugar e foi para a 2ª etapa da disputa eleitoral, o pedetista deu uma declaração de que iria tirar uma folga em Paris e que não faria palanque para nenhum dos dois, o que irritou mais ainda a base petista. O que aconteceu depois desta declaração de Ciro repercute até hoje e se transformou numa fake news típica dos bolsonaristas.

Ciro foi sim a Paris, mas voltou para votar no segundo turno, conforme este link aqui (clique). Além disso, se analisarem os números da votação final de Ciro Gomes no primeiro turno e comparar com as de Haddad no segundo, fica claro que há uma total relação de que a migração dos votos do pedetista foram para o representante do PT. Os pouco mais de 13 milhões que Ciro teve foram para Haddad, confiram nas imagens a seguir.

ciro haddad 1 turno

ciro haddad 2 turno

O que os petistas não conseguem entender (ou não querem) é que Ciro quer ser Presidente da República e já que o PT nunca apoiou a sua candidatura com ele sendo cabeça de chapa, ele teve e tem que bater chapa mesmo com o Partido dos Trabalhadores. E para se viabilizar, é óbvio e natural que ele terá que denunciar as falhas e as contradições do PT. Não existe alguém ir para uma eleição e ficar elogiando os concorrentes ou fazendo sucessivos acenos de amizade/admiração. Quem quer vencer, precisa mostrar o porquê é diferente! Outra coisa, parece que os petistas se acham a única Esquerda possível e que demais partidos que se intitulam deste espectro só podem coexistir com a benção do PT e apenas se for pra ser apoiador (leia-se puxadinho). Só que Ciro e o PDT não querem isso! Querem mesmo se desvincular e mostrar que sim, há uma outra legenda de esquerda e que também pode ser protagonista!

Para encerrar, os ânimos acirrados das militâncias petistas e pedetistas nas redes sociais, se resumem aos petistas ironizarem e tentarem diminuir a força do Ciro a meros números percentuais das primeiras pesquisas de intenção de voto que colocam Ciro com 6% a 13%. Esquecendo que Lula perdeu três eleições seguidas e era motivo de chacota até vencer em 2002. Ademais fica a reflexão: Se a culpa de Bolsonaro vencer a eleição em 2018 foi por conta da viagem de Ciro à Paris, como é que agora ele não é relevante? Afinal de contas, Ciro Gomes é forte ou fraco no jogo político?

Esses ataques a Ciro, desde agora, 18 meses antes da eleição demonstram que os petistas temem o crescimento do pedetista e sabem que enfrentar Ciro no segundo turno é muito mais difícil e trabalhoso, pois Ciro tem o Projeto Nacional Desenvolvimentista divulgado em livro, fala de projetos sólidos para o país, tem boa retórica, sabe atacar os pontos fracos do lulopetismo. Já o PT de Lula só tem, a princípio, o projeto de retornar ao Poder. Se Ciro fosse um zero a esquerda como eles tanto propagam nas redes sociais, por que esta agressividade com alguém que só tem apenas 6% de intenção de votos?

Fonte Resultados da Eleição Presidencial 2018: https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/resultados/votacao-candidatos-presidente-brasil/

O mito do déficit da previdência

A Grande Mídia e os Políticos Neoliberais que assumiram o país vivem falando que há um grande déficit na Previdência Social e que por isso precisam fazer uma reforma e esta reforma, quase sempre, visa a tirar direitos e afetam, sobretudo, às pessoas de menor renda. Mas, o que fica escondido para a maior parte da sociedade é que pra referendar o discurso do Déficit na previdência, eles só contabilizam uma das 5 fontes de renda à Seguridade Social (que engloba Previdência, Assistência Social e Saúde) com todas as despesas da Seguridade. E a fonte de receita usada é a dos contribuintes diretos da previdência, ou seja, empregadores e empregados, deixando de lado os concursos de prognósticos (loterias), porcentagem da DPVAT anual, porcentagem de leilões de produtos apreendidos pela Receita Federal e a própria Receita repassada pela União.

Somando todas as fontes de financiamento à Seguridade Social, sobra dinheiro e sobra tanto, que depois de 1994 quando foi criado a Desvinculação de Recursos da União (DRU), em que o Poder Executivo Federal, pode transferir recurso de um setor para gastar em outro, isso ficou corriqueiro com os presidentes (de FHC a Bolsonaro) de retirar valores astronômicos da Previdência para pagar a dívida pública ou tapear governos estaduais com repasses vindo da grana que deveria ser utilizada apenas para manter e melhorar os serviços de Seguridade Social, garantindo valores mais justos para aposentadorias e pensões. 

No dia 08 de fevereiro deste ano, o Presidente da República divulgou um decreto em que autorizava a transferência de 606 bilhões da Previdência para pagamentos de encargos da União, além de distribuição para Estados, Distrito Federal e Municípios. Duvidam? Cliquem aqui!

E para se inteirar mais sobre o mito do déficit da previdência, aqui está um vídeo que super recomendo a todos a assistirem!

O verdadeiro objetivo dos EUA na Crise Venezuelana

O mundo está voltado para a Crise Venezuelana desde o ano passado, mas somente agora neste início de 2019 é que a tensão tomou conta da região, com fechamento das fronteiras colombianas e brasileiras com a Venezuela, por ordem do presidente Nicolás Maduro, após os EUA estarem liderando e cooptando países sul-americanos para uma “ajuda humanitária” ao povo venezuelano. A Grande Mídia Nacional e Internacional tem focado na situação de calamidade humana dos venezuelanos, que estão passando fome e necessidades diversas, como falta de produtos básicos de higiene, roupa, calçado. Fato realmente preocupante e que revolta mesmo.

Entretanto, a comoção é seletiva e esconde o verdadeiro objetivo ianque nesta empreitada na Venezuela e que aparece como “ajuda humanitária”. Há vários países pelo mundo com situação de pobreza extrema e falta de dignidade social, a exemplo do Haiti, muito mais perto dos EUA e que além de ser um país muito pobre sofre com sucessivos desastres naturais (como terremotos e tempestades) e que ninguém vê a Grande Mídia fazer cobertura, nem mesmo os EUA e os países do continente americano ou europeus se envolverem com ajuda humanitária. Assim como acontece no continente africano em países como Nigéria (que sofre com a eugenia promovida pelo grupo terrorista Boko Haram), Libéria, Camarões e Serra Leoa.

Todos estes países citados estão passando por um perrengue tão severo como a Venezuela e não vemos a mobilização norte-americana para amenizar a situação ou “libertar” o país de ditaduras e de grupos que ferem os Direitos Humanos.  Israel e Arábia Saudita possuem governos ditatoriais, perseguindo e matando opositores e são super parceiros dos EUA, então cadê a coerência de querer acabar com o sofrimento dos venezuelanos, tirando o ditador do poder, mas que fecha os olhos para o que Israel faz com os palestinos, o que a Arábia faz com seus opositores (vide o brutal assassinato do jornalista no consulado da Arábia na Turquia), assim como faz com o povo do Haiti, Camarões, Serra Leoa, Nigéria e demais países africanos?

O verdadeiro objetivo norte-americano nesta “ajuda humanitária” a Venezuela é enfraquecer e derrubar Nicolás Maduro, para os EUA dominarem o petróleo venezuelano, pois é sabido de todos que a Venezuela é o país sulamericano que possui a maior reserva de petróleo e que em um determinado momento foi este “ouro negro” que alavancou o PIB daquele país no primeiro mandato de Hugo Chávez. É preciso enxergar além das cortinas de fumaça e perceber o que está por trás desses movimentos coordenados pelos norte-americano. Eles tão pouco se lixando para a população venezuelana. A ajuda humanitária não passa de mero pretexto para tirar o Maduro do poder e ter influência no novo governo daquele país, para se beneficiar do petróleo. Coisa que não é novidade na história norte-americana, basta lembrarmos das invasões ao Iraque e Afeganistão, no Oriente Médio, outra região rica em petróleo.

PS.: Vale ressaltar que este espaço não defende Nicolás Maduro e entende que realmente ele precisa ser tirado do Poder, pois todo e qualquer governo autoritário tem que ser combatido, seja ele de Esquerda, Direita, Centro e et cetera.